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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O mundo de ponta cabeça

Lembra daqueles desenhos em que o personagem ia pra China e quando chegava lá tudo era de ponta cabeça? Bom, eu não estou na China, mas o efeito é quase o mesmo...
Mesmo tendo crescido em um lar japonês- brasileiro, tudo aqui é diferente pra mim... Pelo menos eu conheço a comida heheh. A língua é diferente, a escrita é como se fosse desenhinhos, eles nem tem os mesmos sons que nós temos (tipo L, V, F...), eles dormem no chão e comem com palitinhos. O fuso horário é o oposto do Brasil, bem como as estações do ano. Eles lêem de cima pra baixo e os livros começam na ultima pagina. Eles dirigem do lado oposto e a moeda funciona de um jeito diferente. É um dos países com a tecnologia mais avançada do mundo (isso é, se não forem os mais avançados né) e nem por isso as casas tem calefação, lava-louça, secadora de roupa ou forno. Acho que deu pra entender né? Tudo aqui é do contrario... Mas nem por isso, virar tudo que eu sei do avesso basta pra eu me encaixar... Vou precisar da ajuda do cara que fez o Japão!

A nossa vida aqui no lado avesso tá começando a se encaixar, embora falte muuuuuita coisa...
- Nós fomos visitar o lugar que vamos morar, em Sakaimachi, que é uma cidade mais no interior e bem pequenininha. Tem muito mais espaço do que Tokio e acho que vai dar pra fazer tudo de bicicleta. Vamos morar na frente do shopping e bem pertinho de tudo que precisamos. O lugar ainda precisa ser remodelado, por isso vai demorar um pouco pra nos mudarmos. Estou ansiosa pra ir comprar minhas coisinhas de cozinha e fazer minhas comidinhas brasileiras. Na volta, vi um sinal escrito 'igreja evangélica' e na hora nem me dei conta... Mas quando percebi que era português mesmo, fiquei super feliz. Mal posso esperar pra ir lá!
- Também fomos na casa de oração para conhecer o irmão e a cunhada da minha amiga Kelly, e foi super legal! Me senti mais a vontade aqui no Japão e mais encorajada a continuar seguindo em frente. As vezes as diferenças na cultura aqui são capazes de nos desanimar, mas é bom saber que outras pessoas conseguiram e que eu posso contar com eles pra me ajudar. Obrigada Deus!
- Hoje eu e o Jesse fomos na empresa que cuida dos casamentos em que o Jesse vai trabalhar. Praticamente, ele só precisa melhorar o japonês dele (que é muito melhor que o meu e que não deixa que a gente fique tão perdido).

Pedidos de oração:
- Contra toda batalha espiritual nas nossas vidas: o Japão pode ser seguro, limpo e tudo e tal, mas a batalha espiritual é grande e precisamos estar fortes pra não cair nas ciladas do inimigo.
- Pra que nós estejamos focados no propósito que nos trouxe ao Japão: ser a luz de Jesus e mostrar o amor de Deus por essas pessoas.
- Pra que a gente tenha facilidade em aprender a língua (mas estamos aceitando receber o dom de línguas estranhas, vulgo japonês, também)
- Pela nossa adaptação com a cultura do pais... Afinal de contas, não queremos ofender as pessoas, nem sem perceber.

Obrigada!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chegamos no Japão!!

Bom, chegamos no Japão na quarta-feira a noite... e só dormimos mesmo! Na quinta-feira eu tava muito "overwhelmed" (hum, como descrever overwhelmed? é tipo aquela sensação de ser muita informação, talvez um desconforto... sei lá...). Fomos ao mercado e de verdade, eu chorei lá... porque eu não entendia nada o que tava escrito e porque achava tudo muito caro. Um dólar é igual a 85 yen, então a sensação é de que é mais caro que o normal... (mas é caro mesmo, e tudo minúsculo, e nem deu pra aproveitar as coisinhas boas, pq eu não sabia o que era...).
A tarde a gente basicamente foi tirar uma soneca e caiu no sono até 11:30pm... e eu achando que porque a gente tinha dormido a noite inteira, tínhamos superado o jetlag... quem dera...
Mas enfim, vou esclarecer a parte que eu acho que só as pessoas dos EUA estão sabendo direitinho...

Estamos na igreja "The Jesus Fellowship", do pastor Masatoshi Ohno... Esse pastor era sustentado pela igreja do Jesse em Arvada, a Faith Bible Chapel. O tio do Jesse, que é pastor, que nos recomendou falar com o pastor Ohno e tudo deu certinho, eles precisavam de gente pra vir aqui. (Bom, o Japão precisa de gente desesperadamente, né? É um dos lugares mais não alcançados do mundo!).
Por enquanto vamos estar fazendo bastante coisa na igreja, participando dos cultos e dos estudos bíblicos... Ainda não dominamos a língua, então algumas coisas são um pouco complicadas né.
Em breve, a igreja que estamos pretende plantar uma nova igreja em outra região do Japão, utilizando como estratégia as aulas de inglês (é aí que a gente entra!).

Meu cérebro ainda tá um pouco 'fuzzy' (vago) e por isso eu nem sabia direito o que escrever... mas estamos tranquilos... estamos ansiosos para ver transformação nesse país através do amor de Jesus!
Estejam orando por nós, pra que a gente não se acomode por estar na igreja, mas que em nossos corações, a gente esteja ardendo pra trazer novas vidas para Jesus! :)

Essas máquinas estão em todos os lugares!! De verdade!

Não dá pra ver as proporções na foto, mas até o caminhão de lixo é pequeno!! hahaha

Sorvete de casquinha pronto... hahaha coisas curiosas do Japão...

Nosso primeiro Ramen!! (Que aí chamam de Lamen). Uma delííííííííííícia!

Esse é o pastor Ohno, sendo tipicamente japa! 
Eu e o Jesse comendo nosso primeiro Ramen! :)

Aumentando a minha ... (Complete aqui)

- Fé
- Confiança
- Esperança
- Coleção de cabelos brancos

Bom, aqui vou contar a história do meu visto... A versão estendida e com uma possível explicação do porque de tanto stress.
Demoramos um pouco para acertamos os nossos contatos no Japão. E ainda por cima, ele não poderia processar o nosso visto, de maneira que tivemos que pedir para outro pastor fazer isso pra gente. Aí tivemos problemas com o email dele, que voltava todas as mensagens. Finalmente, durante a época do Natal, conseguimos entrar em contato com ele e descobrir qual eram os procedimentos que eu e o Jesse deveríamos fazer. Pra tirar o visto de longo termo, é necessário ter o 'certificado de elegibilidade', que é o documento que demora mais para sair, depois disso, em cinco dias úteis, o visto é processado.
Quando chegou o ano novo, percebemos que já não tínhamos mais tempo (meus pais chegariam em uma semana e nós todos planejávamos ir viajar de carro até a Califórnia.). Oramos, oramos e oramos, mas parecia que Deus não nos falava qual seria o próximo plano. Finalmente, 9 dias antes do nosso vôo, ele falou: deveríamos pegar o visto de turista para mim. Enquanto preenchíamos os formulários, ligamos para o pastor Ohno e ele nos disse que poderíamos pedir o visto de longo termo na Coreia, o que amenizava e muito um problema. No dia seguinte, levamos tudo na embaixada japonesa em Denver e mais um problema: eu não poderia tirar o visto lá, porque eu estou sob visto de turista nos US. No entanto, por ser casada com cidadão americano, o cara da embaixada fez de tudo para nos ajudar e de fato, conseguiu. Meu visto de turista saiu em 4 dias úteis e ele é lindo e com florzinhas.
Mas essa história não valeria de nada se eu não tivesse aprendido algo. Eu achava que Deus estava deixando tudo 'sair do meu controle' de propósito, pra eu aprender que ele planeja muito melhor do que eu sequer posso imaginar, mas no meu orgulho não conseguia ver. De fato, ele é sempre gracioso conosco quando a questão é tirar vistos e eu deveria saber que tudo iria dar certo, porque Deus é fiel sempre. Preciso me lembrar sempre de que Deus sabe planejar muito melhor do que eu, porque ele já sabe o que vai acontecer no futuro e porque o controle de tudo sempre está nas palmas da mão dEle. Toda honra e gloria seja dada a Deus!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Carta aos amigos e família (Extensão da nossa Newsletter)


Queridos amigos e família, 

Obrigado por suas orações e suporte. Ultimamente, estivemos orando e esperando no Senhor por uma direção clara no próximo passo da nossa jornada.

Desde o começo, o Japão tem estado nos nossos corações e  o povo japonês também. Nós continuamos a entregar todas essas coisas ao Senhor, orando para que a vontade dEle seja feita. Nos começamos a dar passos em direção ao Japão, deixando as coisas abertas para o Senhor enquanto nós comprometemos nossos planos para Ele. Não queremos que a nossa vontade seja feita, mas a Dele.

Esperamos com paciência para que o Senhor se movesse, mesmo quando parecia que nada estava acontecendo. O tempo estava acabando, e apesar de termos nos preocupado, confiamos no nosso grande Deus que nos segura em suas mãos. Alguns dias atrás, nossa esperança se renovou, e as coisas comecaram a se desdobrar! Parece que o Senhor está abrindo portas e abrindo o caminho para nós! Assim, com esperança e confidência nós vamos para frente e agradecemos a Deus pela sua grande fidelidade. Uma igreja local estendeu os braços para nós, e o pastor está nos ajudando com todos os detalhes. Me ofereceram um trabalho de "condutor de casamento", no qual eu estarei ministrando aqueles que querem ter casamentos no estilo 'tradicionalmente 'americano'. Essa é uma oportunidade de compartilhar Jesus e uma maneira de nos sustentar no campo missionário. Esse pastor também estava orando a respeito de ter aulas de inglês na escola internacional que começará no ano que vem e eu poderei trabalhar como um professor de inglês. Dessa maneira, parece que o Senhor está juntando todas as peças no tempo certo (como ele sempre faz). A Erika também poderá usar os seus dons e talentos como uma fotógrafa.

Como vocês podem ver, as portas estão se abrindo e nosso caminho está ficando claro. Mesmo assim, nós nos comprometemos humildemente ao Senhor, sabendo que no final, tudo o que importa é a vontade dele nas nossas vidas. Estamos felizes que, de fato, o gracioso favor dele está brilhando sobre nós.
Ainda há alguns detalhes que precisam ser acertados, principalmente com relação a vistos. O governo ainda precisa nos aceitar como missionários no Japão. O visto da Erika é mais complicado porque ela é brasileira, mas ela pode conseguir exceções por ser minha esposa. Outro fator é que o nosso tempo é muito curto (4 semanas). Nosso Deus é mais do que capaz de organizar todas essas coisas. Se foi ele quem abriu todas essas portas, com certeza ele vai abrir mais essa.

Portanto, queridos amigos e familiares, pedimos que vocês nos cubram em oração. Mais do que tudo, peça que a vontade do Senhor seja feita aqui conosco na terra como é feita no céu. Ore para que se for da vontade dele, todas as coisas aconteçam sem problemas com nossos vistos e que ele nos dê favor com o governo japonês. Ore por nós como servos do Senhor, para que a continuemos humildes e vivendo como filhos obedientes. Ore para que o Espírito dele nos guie e vá adiante de nós, e que os nossos olhos permaneçam nele.

Que o nosso Senhor Jesus Cristo seja honrado e glorificado em tudo que nos fizermos. Que o nosso pai no céu receba toda a glória e que a luz do seu evangelho brilhe sobre o Japão e que o amor dele alcance essas pessoas. O inimigo não pode prevalecer contra nosso Deus. Nosso Senhor é vitorioso e poderoso, não há barreira ou fortaleza que possa permanecer diante dele.
No nome do nosso senhor Jesus Cristo, amém.



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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Circuit Riders: Encontro com a Salvação


Novamente, vamos falar do simples evangelho. Aquele de Jesus mesmo. A salvação só pode ser encontrada nEle!
Jesus veio ao mundo, morreu por nós e ressuscitou. Ele fez isso por amor e através disso, hoje temos o presente da vida eterna! Uhuuu!! 

Durante o curso, praticamos várias vezes o tal do "pregar o evangelho". Fazíamos isso entre nós, pregando individualmente ou para um grupo… E olha, é tão fácil. 

Acho que tem duas coisas que motivam a gente a ir lá fora e fazer o mesmo:
- Deus tá mais interessado que a outra pessoa seja salva do que eu. E coincidentemente, quem convence corações é ele mesmo e não eu.
- Eu não tenho nada a perder, é a outra pessoa que está indo para o inferno.

O livro "Salvation Encounter" (Brian Brennt) foi uma das ferramentas utilizadas no curso para nos capacitar nesse tal negócio de pregar o evangelho. Vou descrever algumas das ideias principais do livro.

1- Encontro com a Salvação:
Quando você encontra Jesus, você está encontrando o amor mais intenso e apaixonado que já imaginou. Esse amor é tão tangível e real porque de fato, ele morreu por você, ele morreu pra que o nosso débito com o pecado fosse pago e para que nós pudéssemos ter vida eterna. Agora, o nosso papel é simplesmente acreditar nEle para nos tornarmos filhos de Deus.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" João 3:16

2- Clean Break Up:
Quando você se casa, você deixa para trás todos os seus ex-relacionamentos e paqueras e sei lá o que mais… você tem o seu cônjuge, que obviamente é muito melhor do que qualquer ex-namorado, já que você decidiu ficar com ele pelo resto da vida. A mesma coisa acontece com Jesus, ele é a melhor escolha que você pode fazer. Mesmo assim, muitas pessoas acham que podem ter Jesus e continuar flertando com os 'ex-namorados' (tudo aquilo que não agrada a Ele). Só que não é assim, ele quer você por completo, quer que você pare de fazer essas coisas, porque elas vão afetar o seu novo relacionamento com Ele.

3- Limpar a Casa:
Agora, que você aceitou a Jesus, deixou para trás todos os velhos affairs, é a hora de limpar a casa. Agora você é o lar do Espírito Santo. Ou seja, o ser mais santo e puro do universo agora vive em você, então é preciso limpar toda a sujeira do passado… limpar a casa completamente, sem deixar nenhum cantinho de lado e principalmente, sem jogar a sujeira debaixo do tapete. Antes de aceitar a Jesus, através do pecado, nós demos autoridade para o diabo vir e sujar a nossa casa… agora, através de Jesus, nós pegamos essa autoridade de volta. Ore, confesse seus pecados para Jesus, se arrependa e tome de volta a autoridade dada a Satanás. Pronto. Casa limpinha e cheirosa!

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Bom, na verdade o Circuit Riders é algo que eu deveria postar 'diariamente', de acordo com o que acontecia lá… mas foi tão intenso que não tinha como… Conforme eu vou olhando minhas anotações e tal, talvez eu venha postar mais a respeito aqui…

Só queria deixar bem claro que em duas semanas, vimos CENTENAS de salvações pelas ruas de Denver, vimos pessoas completamente cegas sendo curadas, surdos ouvindo, pessoas com diversos tipos de doenças sendo curadas, sentimos o toque todo especial do Espírito Santo, vimos um cara que teve um ataque cardíaco e o lado esquerdo totalmente paralisado levantar e andar… SIM, o meu Deus é um Deus de milagres!! Nem o céu é limite pra ele!
Aaaaaah, tanta coisa! 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Fator Irresistibilidade de Jesus.

Base Bíblica: Mateus 9:9-13

Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
Lendo essa passagem, percebi o quanto Jesus era irresistível.
Quem em sã consciência largaria t u d o para seguir um estranho (até então…)?
Acho que ninguém!
Por isso, lendo essa história da bíblia, percebi como Jesus era alguém que de certa forma, sem precisar fazer nada, atraia as pessoas. Ele tinha o poder de influenciar as pessoas, e por isso era até contrariado e muita gente o julgava.
Ele dizia: Segue-me, e algo fazia com que as pessoas quisessem largar tudo e seguí-lo.
Hoje nós já não temos mais Jesus pessoalmente conosco, mas temos o Espírito Santo vivendo dentro de nós. Jesus disse que assim seria melhor para nós.
Quero estar em um nível de comunhão e intimidade com Jesus e com o Espírito Santo de forma que as pessoas queiram estar perto de mim e que eu seja exemplo bom na vida dessas pessoas. Quero que seja algo irresistível, fora do meu controle (e que também eu não perceba, né).
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(tá, esse post ficou meio incompleto, mas na realidade eu só fiquei super admirada quando vi que Mateus simplesmente se levantou e foi seguir Jesus, enquanto euzinha aqui ficava inventando mil desculpas, no lugar de ir de uma vez. Sim, ele é irresístivel e agora eu não entendo como um dia eu pude dizer "mais tarde")

Livro: Red Moon Rising

Acabei de ler: Red Moon Rising - How 24-7 prayer is awakening a generation de Pete Greig e Dave Roberts.

Ganhei esse livro durante a minha ETED e ele trata de um tópico que me interessa muito: Oração contínua, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

O livro conta como o movimento nasceu, além de diversas histórias impactantes que foram resultado desses períodos de oração. É um livro que nos dá vontade de largar tudo e orar, orar e orar. Ele ressalta o poder real que a oração tem.
Lógico que as histórias que eu mais gostei do livro, tratam de injustiça, prostituição, contrabando de bíblias e Ibiza!

Aprendi várias lições com ele, e além de recomendar a leitura, gostaria de falar de algumas coisas que me tocaram :)

- Deus não nos responde imediatamente quando pedimos algo, porque se fosse assim, a gente nunca mudaria, nunca seria tratado. A gente não aprenderia a esperar e confiar que ele tem as respostas.
- As igrejas de hoje em dia tem estratégias que acabam deixando o Espírito Santo de lado, enquanto Jesus, em seu ministério, não ficava pensando em um nome para o seu ministério, e dava prioridade pras pessoas sem influência e sem poder.
- Ler as Escrituras é como colocar alimento em sua boca, a meditação mastiga o alimento e a oração permite que você sinta o sabor disso. Reflexões posteriores nos enriquecem.
- Deus está mobilizando um exército, mas não como os exércitos 'comuns', somente com os mais fortes, pelo contrário, o exército de Deus está de joelhos, quebrantado.
- "Brinque, ore e obedeça"
- A oração não é limitada por palavras. Porque Deus é o Criador de tudo, a presença dEle catalisa a arte e geralmente "unge" as criações artísticas feitas na presença dEle. - Comprovadíssimo! Quando eu oro pedindo a criatividade dEle, eu gosto muito mais das fotos que eu tiro! :):) Toda a honra e glória é tua, Jesus!

Essas são apenas algumas partes do livro que me edificaram. Eu fiz uma pequena coletânea de citações do livro que eu gostei (tenho tentado fazer em todos os livros que eu leio). Se alguém quiser receber as frases que mais impactaram nesse livro, é só pedir! :)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Planos para daqui a pouco ;)

• Bom, eu sei que ultimamente eu ando só desconversando a respeito do meu futuro e do Jesse. Mas agora, eu tenho as respostas, que logicamente, podem mudar em menos de uma semana, mas pelo menos eu posso finalmente afirmar alguma coisa.

Na semana passada, o Jesse deixou o Brasil e foi para San Pedro, Belize. Ele agora faz parte da Jocum Destination Paradise e será staff da Eted que vai começar em janeiro, além de ajudar na mudança para uma nova base.

Enquanto isso, eu estarei no Brasil, fazendo os preparativos para a mudança e para a cerimônia íntima de casamento que acontecerá em Belize. Minha família e eu iremos para lá na metade do ano que vem,

Eu sei que falava que a única certeza que eu tinha era que o casamento seria no Brasil, mas isso só prova como quem está no controle da situação é Deus e não eu mesma. Em setembro, Deus falou muito comigo a respeito de entregar tudo para ele e a primeira coisa que ele pediu foi o casamento (e os planos daquele casamento lindo, super detalhado, do jeito que eu sempre sonhei!). E eu entreguei o casamento pra Ele e nunca mais tomei de volta. É lógico que dói ver as fotos do fotógrafo que nunca vai ser o fotógrafo do MEU casamento, ou ver o vestido que provavelmente não poderá ser levado pra Belize. E também é estranho pensar que eu vou casar mais tarde do que eu queria (eu queria Abril!), mas eu sinto uma paz incrível a respeito disso. Afinal de contas, percebi que mais importante do que ter um casamento maravilhoso, é se casar com a pessoa certa :)

Depois do casamento, eu e o Jesse continuaremos em Belize, servindo na base da Jocum (mais informações: ywamdp.org), ajudando nas ETEDs, aconselhando, liderando, transformando gente e é claro, levando times para lugares inimagináveis, pra onde Deus nos levar, em busca de um só objetivo: ir ao mundo e pregar o evangelho a toda criatura! Uhuuul!

O nosso futuro a Deus pertence e nós resolvemos entregar tudo para Ele.

Meu coração se enche de alegria ao pensar que em menos de um ano eu estarei de novo no campo missionário, provavelmente chorando horrores, talvez descalça e com certeza descabelada, com uma câmera a tiracolo, pronta para capturar momentos, emoções e compartilhar o amor daquele que me amou primeiro! Aaah, mal posso esperar!

Mais informações (em inglês): http://llamaadventures.wordpress.com/2011/12/17/the-adventure-begins/

Qualquer dúvida, pode me perguntar! ;)

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;"
1 Coríntios 1:27

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sobre a virtude de ser radical

Retirado do Livro "Chamado Radical", de Bráulia Ribeiro.
(Tô aceitando o livro, se alguém quiser me dar!)

SOBRE A VIRTUDE DE SER RADICAL

Dizer que é possível ouvir a voz de Deus e obedecer-lhe é tido como algo esquisito, quase banal, hoje em dia. Quase como um guru de auto-ajuda num surto psicótico, ou um papai noel todo-poderoso, Deus manda líderes evangélicos comprar para si carros BMW e mansões, ajuntar ouro para re-construir um templo de Salomão em terras tupiniquins, pedir grandes somas a seus fiéis, fugir com dinheiro em espécie para paraísos fiscais.

Para os mais sérios, falar com Deus parece presunçoso. Como ele vai se ocupar comigo sendo que tem tanto em que pensar? Como eu, um zé-ninguém, vou “servir” em alguma coisa aos propósitos de Deus? Parece que ele é grande o suficiente pra fazer o que ele tem de fazer sem precisar de mim.

Para acabar com essas dúvidas, basta ler a Bíblia. Houve tantos zés-ninguém que “serviram” a Deus em seu propósito! De fato, Deus só teve de fazer tudo pessoalmente num momento da história e, mesmo assim, teve um ministério curto, de apenas três anos. Quem completou seu trabalho foram os zés, como eu e você, que acreditaram radicalmente nele.

A palavra radical assusta um pouco as pessoas hoje em dia. Todo mundo quer é ser meio zen. Até no meio cristão consideramos o equilíbrio como uma virtude suprema. Se alguém está se sacrificando muito na obra, dizemos, com voz solene: “Cuidado! Temos de ter equilíbrio”. Jogamos água fria na ousadia e nos sonhos radicais dos jovens, dizendo-lhes que devem se preparar para uma vida equilibrada, e até mesmo que viver em extrema dedicação a Deus lhes trará problemas no futuro.

Curiosamente, o conceito de “equilíbrio” não é um conceito cristão, mas grego. Platão e Aristóteles se referiram ao equilíbrio como o lugar de felicidade e virtude. É difícil relacionar a pessoa de Jesus a essa idéia. Jesus não tinha nada de “equilibrado”. Ele era extremamente radical. Não trilhou o caminho mais fácil. Foi extremo em sua crítica à religião instituída, adotou um estilo de vida “anormal”, radicalizou em sua maneira de amar, não se dobrando aos preconceitos e tabus de sua cultura.

Jesus não tinha como alvo a felicidade ou o bem-estar pessoal. Seu alvo era obedecer a Deus. Aristóteles estabeleceu que a virtude está no meio, e o budismo permeou a cultura pós-moderna com a idéia de que o “caminho do meio” é o melhor caminho. No entanto, a Bíblia afirma que os mornos serão vomitados, e narra histórias de heróis da fé que tiveram uma fé radical, a ponto de terem sido mortos ao fio da espada, torturados, serrados ao meio. A falta de radicalismo hoje nos induz a um cristianismo insípido, acomodado ao formato do mundo.

Para a radicalidade de Jesus não existem padrões de vida preestabelecidos; existe antes a obediência diária à voz do Pai. Hoje, esta voz pode me dizer para sair de casa, passar vários dias em oração e jejum, renunciar à alimentação, ao conforto dos relacionamentos familiares. Amanhã, ela poderá me dizer: “Volte para os seus, esteja com eles, eu quero você em casa”. Posso tentar equilibrar tudo o que tiver em minhas mãos: ministério, dedicação aos pobres, estudo, oração, conforto e desconforto, tempo de renúncia e tempo de restauração pessoal, e enlouquecer no processo. Como equilibrar o desespero pelas almas com a paz de Cristo? A dor pelos perdidos com o conforto de um coração restaurado?

Só Deus, em sua capacidade de nos guiar nos detalhes de nossa vida, pode nos dar o verdadeiro equilíbrio. Para alcançá-lo, entretanto, temos de estar dispostos à obediência radical. Temos de ir ao extremo de obedecer em tudo, mesmo naquilo que nos pareça absurdo e contrário ao senso comum. Aliás, hoje em dia o senso comum é um grande indutor ao erro.

Seguir a Deus numa aventura missionária para algum lugar perigoso é uma decisão fora do equilíbrio de uma vida convencional. No entanto, se foi ele mesmo quem nos mandou, temos de pesar tudo para saber se ouvimos a ele ou ao nosso entusiasmo por aventuras. Assim, estaremos seguros.

A maioria dos povos não alcançados hoje está em lugares de difícil acesso. Politicamente fechados ou geograficamente isolados, é preciso uma dose dobrada de coragem para se chegar a eles. Para um servo, porém, para um verdadeiro escravo de seu Senhor, não podem existir restrições ou condições impostas à obediência. Obediência é a regra, é a vida. Deus nos convida à obediência radical.

Ser radical para Cristo, no entanto, é diferente de ser fundamentalista. O atentado contra as torres gêmeas colocou o mundo em oposição à religiosidade radical. Foi o fundamentalismo islâmico que gerou o terrorismo. O fundamentalismo cristão também cometeu atrocidades e provocou guerras. Quando falamos da radicalidade da obediência a Cristo, estamos falando do radicalismo do amor. Amar os povos e a Cristo, que os criou, até o fim. Amar, batendo mosquitos nas pernas até que as picadas se tornem feridas; amar, carregando os filhos nas costas para atravessar uma floresta debaixo de água, para passar apenas algumas semanas com os amigos de outra cultura que estão no caminho de descobrir a Deus. Amar, embrenhando-se num país estranho, sofrendo o frio das montanhas e comendo churrasco de rato assado em meio às cinzas de um vulcão, simplesmente porque algumas pessoas em algumas casas precisam aprender a ler melhor a Bíblia.

A única bomba que esse amor radical carrega é o Espírito Santo. Um dia podemos estar ali, desanimados diante de duas ou três pessoas — as únicas que suportaram ouvir nossa mensagem carregada de sotaque —, e, de repente, a bomba explode e a praça se enche. As mulheres vêm de dentro das suas casas limpando as mãos no avental; os homens chegam do trabalho, olhando curiosos, com o olhar brilhando com a chama do arrependimento.

Mas pode ser também que essa bomba leve anos para explodir. Pode ser que, passados trinta anos, ela ainda se mantenha intacta, e tenhamos de ir embora sem ver o resultado, que só será colhido uma geração mais tarde. Essa vida pode não parecer agradável, mas é. Posso assegurar hoje, depois de ter vivido muitas aventuras com Deus, que não há vida melhor do que esta.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O garoto do bar

O garoto do bar.

Uma bela e maluca história de amor, que por incrível que pareça, começou em um bar. Com prostitutas.
Porque Deus escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias”

Após muito negociar com meus pais, finalmente consegui ir ao Hawaii. A adaptação foi um pouco complicada e quando eu finalmente me encaixei, era hora de partir. E eu não queria. Meus amigos iam fazer o prático no México e eu estava torcendo pra não conseguir tirar o visto para as Filipinas (mais tarde, descobri que brasileiros sequer precisam de visto para as Filipinas...). Deus tinha sido muito claro comigo para escolher o arquipélago, e no dia da escolha eu sequer cogitei outro lugar. Além das Filipinas serem o país mais perto da Indonésia – lugar que eu realmente me sinto chamada para fazer missões - , aleatoriamente, eu também conheci pessoas das Filipinas e comprei produtos feitos lá. Algumas semanas antes de partir, Bethany estava orando e Deus contou pra ela que eu conheceria alguém nessa viagem, no meio das prostitutas e pobres, e que com essa pessoa eu teria uma amizade como nunca tive antes e que cada conversa que tivéssemos seria transbordante de amor. Eu jamais pensei que podia ser ele.
Enquanto isso, Jesse Applegate estava no Japão, fazendo o DTS dele. Diferentemente do meu DTS, o foco era o Japão e pronto, teórico e prático no mesmo lugar. Por questões de visto, Jesse e o seu time precisaram sair do país por duas semanas e adivinhem, o Jesse não queria ir pras Filipinas. Um dia, na sala de oração da base da Jocum Japão, Deus falou com ele sobre quem seria a mulher dele. Contou que não seria ninguém do passado, nem do presente, ele conheceria alguém no futuro, nessa mesma jornada. Ele sabia que era Deus, mas estava um pouco impaciente.
Jesse já estava nas Filipinas por uma semana e n-a-d-a da mulher da vida dele aparecer... Na verdade, ele estava mais preocupado em pintar a parede da base da Jocum de Olongapo, comer, ler a bíblia e fazer a famosa 'llama face'. Até que finalmente, consegui escapar de Manila e ir para uma cidade mais limpinha... Eu tinha ido lá para escrever um livro para alertar o governo filipino sobre a prostituição ocorrente no país. Logo que cheguei, surgiram duas oportunidades: voltar para Manila para fazer algumas entrevistas, ou fotografar para o tal do time Japão no bar – e acreditem, o time Japão era realmente o time Japão, qualquer um saberia dizer quem era daquele time e quem era do Hawaii...embora talvez o Jesse fosse confundido com o time Hawaii e a Erika com o time Japão, mas enfim... Eu escolhi o bar. Depois de pegar um triciclo e entrar no jeepney que me dei conta “o que é que eu to fazendo aqui? São prostitutas, eu olho pra elas julgando quando vejo em Curitiba, o que é que eu to fazendo aqui? Deus, eu só quero olhar pra elas do jeito que você olha.”
No bar, a minha oração foi respondida e amar as meninas foi algo tão natural como o amor de Deus por nós. Porém, era mais fácil ainda porque as meninas não estavam dando em cima de mim e sim, do Jesse. Ele resolveu dar um tempo e conversar com alguém e por acaso, eu estava lá, sentada no bar, observando o movimento. Conversamos por alguns minutos – ou talvez muitos minutos - e foi uma conversa fácil, sincera e divertida.
Os dias na base se passaram e o Jesse nunca mais veio falar comigo. Até o último dia, na sua festa de despedida. Ele sentou do meu lado num balanço da base, mas ele jura que fui eu que sentei do lado dele... Tivemos outro agradável momento. Dessa vez, Jesse sentiu ao redor de mim algo que nunca sentira antes ao redor de ninguém, uma paz incrível e um sentimento de estar em casa. E orou assim “É assim que eu deveria me sentir quando eu estiver perto da minha esposa. Por favor Deus, deixe que a minha esposa seja alguém que faça com que eu me sinta assim ”. Ah, ironias do destino...
Aí ele escreveu um bilhetinho com o email dele, pra que eu pudesse mandar as fotos do bar. Mas algo dentro dele dizia que ele deveria escrever algo mais (Valeu, Deus!). O bilhetinho era assim:
“-Thanks! It was really fun talking to you, maybe you could add me on facebook? God bless you!” - “Obrigado! Foi muito divertido conversar com você, talvez você poderia me adicionar no facebook? Deus te abençoe”
Eu o fiz esperar algumas semanas, mas finalmente adicionei o Jesse no facebook e ele começou a mandar muitas mensagens para mim, as conversas começaram a fluir e as mensagens foram crescendo e crescendo e crescendo. Um dia, o assunto de Jesse ir ao Brasil surgiu, primeiro através de uma brincadeira com esperanças e depois com um sério acordo e os planos foram se consolidando. Uma vez, eu mandei 'xoxo' pra ele sem saber que na América, 'xoxo' pode fazer uma pessoa acreditar que você possivelmente gosta dela, enquanto no Brasil não significa muita coisa (o fato de mandar beijos e abraços). Mesmo sendo algo que aconteceu sem querer, Deus usou isso pro Jesse ter esperanças de que eu gostava dele.
Foi na cidade de Solana, Filipinas que conversamos pela primeira vez no skype. Jesse ainda estava no Japão, se preparando para voltar pra casa. Foi nesse mesmo dia que a Daniella, a minha amiga kiwi, descobriu que nós estávamos conversando intensamente. Algum tempo depois, ela me disse que quando eu contei sobre ele, ela já sabia que acabaríamos nos casando.
Enquanto eu ainda estava em Solana, Jesse tinha voltado aos Estados Unidos e numa conversa no Skype, ele apresentou a família dele e ainda tocou uma música no piano. Depois daquela conversa, tudo que eu conseguia pensar era “Ele é músico! Eu pedi a Deus por um músico!”
As diferenças de fuso-horário continuaram. Logo em seguida, voltei ao Hawaii e conversamos algumas vezes pelo Skype. Quando eu apresentei a Lily pro Jesse, ela contou pra ele: “A Erika não para de falar de você”, e nada de buracos pra eu enfiar a minha cara... Também foi lá que ele mostrou pela primeira vez a sua famosa 'llama face'. Durante todo o tempo no Hawai, eu só queria era contar tudo que acontecia para ele. A vontade não passou até que eu voltasse ao Brasil e permaneceu.
Jesse já sabia que iria ao Brasil antes do fim de 2010, porém, ainda não tinha me contado que gostava de mim. Um belo dia, a irmã dele, Micayla, perguntou se ele já tinha contado, ele falou que não, então ela falou que ele deveria contar. Aí o irmão dele, Micah, pelo skype, fez a mesma pergunta. Então Jesse orou a Deus e disse que iria contar os sentimentos dele, porém que se essa não fosse a vontade de Deus, que Ele evitasse que isso acontecesse.
Chegou a noite, e ele, depois de enrolar muito, ele me contou tudo. E eu também confirmei que gostava dele. O Jesse estava tão tímido que teve que digitar tudo! (Nota do Jesse: Na verdade, era tarde da noite para Erika e ela pediu pro Jesse não falar alto, e secretamente, ele estava feliz por isso, porque estava tímido). Depois disso, tivemos muitas conversas sobre o que fazer depois, quais eram as intenções do Jesse, blá blá blá e a nossa amizade cresceu ainda mais durante os dois meses em que esperávamos para nos ver novamente.
Durante o tempo que esperávamos, eu fui bem direta e falei pra Deus que se não fosse ele o cara, eu nem queria que ele viesse... mesmo que tudo o que eu queria no momento era ele chegasse logo.
Finalmente chegou o tal do 27 de novembro, dia em que o Jesse chegaria ao Brasil. Depois de buscá-lo no aeroporto, comecei a ter choque cultural. Como ele chegara em horário de almoço – e no Brasil almoço é um 'big thing' – fomos almoçar no costelão, em São José dos Pinhais. E adivinha quem estava lá? Tia Mari, Eloíse, Ivan e BATIAN! (Batian = avó em japonês). E o Jesse comeu tanto, tanto, tanto. E tomou guaraná, quase que direto da garrafa. Eu tive que segurar a mão dele... (Nota do Jesse: Na verdade, o Jesse parou sozinho, lembrando de alguma coisa que ele leu em um livro. Erika viu ele parando desajeitadamente) E aí, pra completar, ele foi falar com a Batian – EM JAPONÊS! - e ela, claro, imediatamente gostou dele.
O tempo em que Jesse passou no Brasil foi maravilhoso e o nosso relacionamento cresceu muito, principalmente pelo fato de que estavámos juntos todas as horas do dia. O começo foi muito difícil pra mim, eu ficava pensando se era isso mesmo que eu queria, principalmente quando via as diferenças culturais. Com o tempo, eu vi que valia pena.
Nós oficializamos o namoro no dia 2 de dezembro de 2010, poucos dias antes de um jantar de família que, por pedido da Batian, tivemos que comparecer – juntos. Todos na família ficaram muito impressionados com o Jesse, já que ele veio dos Estados Unidos só pra me ver e que ele falava em japonês.
Depois disso, a Batian deu um jantar pra família inteira de despedida para o Jesse. Nunca na história da família Hayashi (pelo menos que eu saiba), algo assim aconteceu, o que só me encheu de mais orgulho do meu menino.
E no dia 17 de dezembro ele partiu. Voltamos ao relacionamento de Skype e crescendo, crescendo e crescendo. Quando começamos a namorar, já sabíamos que a intenção de ambos era casar-se. Então, no Skype, já conversávamos sobre casamento e até apresentamos a ideia aos meus pais, além disso, já estávamos escolhendo o anel de noivado.
A minha intenção era fazer o tal do “Around the World Track” com o PhotogenX, mas acabou que o meu pai não concordou em me deixar partir de novo. Nesse caso, eu quis visitar o Jesse. E deu certo, só tinha um problema, visto! A fila do visto em São Paulo estava para março de 2011 e eu precisava do visto pra fevereiro. Nós oramos juntos para que Deus me favorecesse com um horário para tirar o visto. Ainda assim, eu não conseguia marcar a data, então falei pra Deus: “Poxa Deus, não é da tua vontade que eu vá?”. Aí, lógico, Deus que não é nem um pouco devagar respondeu e uma vaga foi aberta para dali a dois dias! Sem nem pestanejar na falta de documentos marquei o horário. Então oramos para que Deus me favorecesse com as pessoas da embaixada e que eles mandassem o passaporte rapidamente. Mesmo tudo dando errado, eu sabia que aquilo tinha sido de Deus e que mesmo com a faculdade trancada e sem emprego eu conseguiria tirar o visto. E assim aconteceu, tirei o visto sem responder com que dinheiro iria e com nenhuma outra complicação, além disso, ganhei um visto de turista de 10 anos que chegou em Curitiba em dois dias.
O tempo passou e eu finalmente cheguei lá. Vê-lo de volta pela primeira vez foi um pouco estranho, mas nada que um pouco de tempo juntos não curasse. Vê-lo em seu ambiente normal foi completamente diferente de vê-lo no Brasil e me deixou cada vez mais apaixonada por ele. Conhecer a família dele foi fácil e a cada dia eu tinha mais certeza de que era ele quem eu queria. Cada pequena atitude dele, de cuidar de mim quando eu estava meio desidratada por causa do ar seco, de fazer o café da manhã, de carregar as minhas coisas, de querer sempre fazer o melhor pra mim me deixava mais e mais apaixonada.
Fizemos diversos planos, de uma casa grande, com quintal para as crianças brincarem e uma vida pacata. No dia 28 de fevereiro, reencontramos o nosso chamado, a razão pela qual Deus nos colocou juntos, o chamado missionário. Nesse mesmo dia, Jesse planejava me levar para almoçar no Tea House, em Boulder. E ele teve a 'brilhante' ideia de me mandar colocar um vestido, um salto, que ele colocaria uma camisa social e tal pra ir almoçar lá. Eu vi que aquilo era MUITO estranho e pedi pra ele não fazer nada engraçado no restaurante – tipo, pedir em casamento, quer coisa mais manjada? Num restaurante? - e pedi também pra gente não usar aquelas roupas. Chegando no restaurante, todo feito à mão, pintado e esculpido, conversamos sobre missões, lugares e pedimos um prato Indonésio, já que este é um lugar que nos sentimos chamados para ir. Depois do almoço, já era quase hora do entardecer e o Jesse queria me levar a uma montanha.
Então ele começou a agir estranho de novo, dizendo que precisava chegar lá antes que escurecesse, e que tinha que ser “naquele” lugar. Dirigimos, dirigimos, dirigimos... e finalmente, chegamos! Ainda bem que eu tinha um tênis no carro, porque seria impossível chegar até lá usando salto alto. Chegamos no tal do lugar e estava ventando muito, tanto que Jesse teve que bloquear o vento para mim. E lá, num dos lugares mais lindos do mundo, de onde pode-se ver as Montanhas Rochosas e a cidade de Boulder, aliado a um por-do-sol cor-de-rosa, ele começou. Primeiro, tocou na sua flauta uma música que ele mesmo compôs pra mim. Interessante que antes de tocar, ele pediu pra Deus parar o vento e ele parou. Assim que ele acabou de tocar, o vento recomeçou, aí o Jesse pediu pra Deus parar o vento por um pouco mais e assim aconteceu. Então o Jesse leu a proposta dele e fez a tão esperada pergunta: Você quer se casar comigo? - assim, em português mesmo. E eu, é claro, aceitei!
Agora, ansiosamente, nós aguardamos até o dia em que Deus nos colocará juntos novamente, e mais ainda, pelo dia em que Ele nos colocará juntos para sempre.

Observações: tem gente que fala pras meninas – principalmente – fazerem listas do que elas querem nos futuros maridos. Eu totalmente encorajo a fazer a lista! Coisas que eu pedi, e que o Jesse é: ele é exatamente 15 cm mais alto do que eu; ele não é apenas cristão, ele tem um relacionamento com Jesus, o que é bem diferente; ele tem uma 'barbinha sexy de modelo'; ele é músico; ele gosta de viajar; e muitas outras coisas que eu nem sabia que eu queria em um homem e Deus atendeu. Deus conhece o teu coração e quer te dar o melhor (:

Inspirada por Deus, escrita por Erika, opinada por Jesse.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Missões em Curitiba - Call2All DTS

Bar Ministry em Angeles - Filipinas = Diferença grande de ministério com prostitutas no Centro de Curitiba


Missões em Curitiba - Call2All DTS
Em Kona, conheci um cara chamado Daniel, que fazia a mesma escola que a Cris, minha amiga brasileira-coreana. E aconteceu que enquanto a maioria voltou pra casa depois do fim do DTS, ele ficou como staff na mesma escola que ele fez. E acabou liderando um time de outreach, que por acaso veio parar em Piraquara - cidade vizinha de Curitiba. O time dele é composto por 18 pessoas, sendo que dessas, 3 são crianças.
A Cristina veio pra Curitiba pra ajudar e quem acabou entrando na barca também fui eu. No dia 28, resolvemos ir para a base para conhecê-los. A viagem demorou apenas duas horas, porque claro, nos perdemos um pouquinho. Ao chegar na base, toda aquela idéia de fim do mundo foi por água abaixo porque o lugar é lindo! É aquele lugar em Curitiba que eu tava procurando pra tirar fotos. Verde, verde, verde. Há uma mansão que está sendo construída, cavalos, cercas, árvores. Simplesmente encantador.
No dia seguinte, a Monica - brasileira staff da base que estava ajudando eles - levou o grupo pra almoçar no centro e fazer o passeio com a Linha Turismo. Eu e a Cris fomos junto e cara, fiquei com dó, os gringos se queimaram! Do sol mesmo, hehe. Após o passeio, voltamos rapidinho pra casa, pra se arrumar e ir dormir na base. Lá pelas 10:30 da noite, saímos da base rumo ao Centro de Curitiba.
A missão? Encontrar prostitutas e mostrar pra elas que o PAI delas ainda está de braços abertos. A primeira que encontramos era um travesti e eu fiquei morrendo de medo depois que ela falou que umas colegas dela foram mortas ali na rua e daí alguns carros passaram buzinando e xingando. Já era meia noite e tinha tanta gente na rua, tanto bêbado, drogado, cafetão, prostituta, e o que mais me chocou, vários grupinhos de homens com cerca de 20 e poucos anos, provavelmente procurando alguma diversãozinha.
Pra mim, foi um choque, eu não tava pronta pra ver o que eu vi, a realidade das ruas é completamente diferente. Alguns travestis nem olhavam pra gente e vimos cafetinas dando bronca nas meninas, meninas que só estavam lá porque eram amigas dos travestis, já que esses são agressivos se alguém 'rouba' o ponto deles. Conversamos com meninas que eram cristãs na adolescência e se desviaram e acabaram na rua. Conversamos com meninas lindas, que faziam aquilo atraídas pelo dinheiro fácil, que preferiam vender sua honra pra conseguir aquilo que queriam.
Nas Filipinas, a abordagem era completamente diferente. Chegávamos no bar e apesar de que os cafetões podiam nos expulsar a qualquer momento, sabíamos que de alguma forma estávamos seguros lá. Na rua não, lá qualquer um podia chegar a qualquer hora e fazer sei lá o que. Na rua, a gente não tem garantia de que vai encontrar as mesmas pessoas nos mesmos lugares. Na rua, a gente tem que falar com elas como se fosse a última vez que fôssemos encontrá-las, porque muitas vezes é o que acontece.
A Thaís, era a menina que estava com a gente e que abordava as garotas. Ela simplesmente tinha a palavra certa para cada menina. O Espírito Santo usava ela de uma maneira incrível.
Meu coração fica machucado com essas questões de injustiça e prostituição, mas já não sei se esse é o tipo de ministério com elas que Deus quer que eu sirva. Amar elas era o meu gol nas Filipinas e consegui atingi-lo facilmente. Aqui, o gol era falar do amor de pai de Deus, mas eu mal conseguia conversar com elas, não sabia o que perguntar, palavras não vinham a minha boca. Foi difícil. O ambiente era pesado, muito pesado.
Não sei dizer se é uma experiência que eu repetiria. Talvez se tivesse alguma oportunidade, mas não estaria morrendo para ir de novo. A questão de prostituição definitivamente me atrai, mas o jeito como foi feito nessa noite foi um pouco chocante demais, ou sei lá o que aconteceu…

E em breve, mais histórias, assim espero...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu tenho sede de justiça

Aew, finalmente fiz meu vídeo.
Será que alguém ainda entra nesse blog? Minha jornada de DTS acabou, mas nessa vida louca que Deus escolheu pra mim, só tá começando...


Uma histórinha legal agora ehê!

Embora Eric nunca tivesse me falado sobre sua experiência na faculdade, eu tinha ouvido de outros que ele fora muito bem sucedido. Tinha tido sucesso acadêmico e era muito querido pelos colegas. Parecia não haver uma razão lógica para ele ter desistido do curso. Então, fiquei sabendo que ele havia deixado tudo por que sentira que Deus o estava dirigindo para missões por um período de sua vida. E eu ouvira algo mais ainda surpreendente sobre esse moço fascinante. Tinha decidido deliberadamente não namorar, mas confiar que Deus traria uma esposa para ele.
-Por que, eu ficava perguntando com muita curiosidade, ele decidiu sair da universidade, desistir de seus amigos e parar de namorar?
Certa noite, quando íamos para casa juntos, num horário de trafego pesado, após a aula de canto, ele contou-me a estória de Deus “segurando sua vida”.
-Num determinado ano, no feriado de Natal, voltando para casa, ele disse, sofri um grande acidente de carro. Meu colega estava dirigindo a mais de oitenta km por hora em uma nevasca; de repente, batemos no gelo duro, e fomos jogados ao ar em uma montanha, capotamos e caímos ao pé da montanha. A camioneta acabou, mas Bob e eu ficamos surpreendentemente sem nenhum machucado.
-Quando o policial chegou e examinou o acidente, apontou para mim e disse: “-Não era para você estar aqui agora. Não sei como você está vivo”.
-Eu sabia que Deus tinha salvado minha vida naquele dia. A mensagem falada ao meu coração foi: “A vida é frágil; dê a sua para Mim”.
Percebi que mesmo declarando-me cristão e vivendo no padrão cristão eu estava vivendo apenas por mim mesmo. Vi que havia feito todos os planos para minha vida sem consultar a Deus. Depois daquilo resolvi que, em vez de tentar encaixar Deus em minha vida, eu daria minha vida completamente a Ele.
Não muito depois do acidente Eric começou a crescer rapidamente na intimidade com o Senhor. Sentiu Deus chamando-o da medicina para missões. As pessoas disseram que ele estava jogando sua vida fora, perdendo seus talentos. Mas ele sabia que tinha ouvido o chamado de Deus. Mesmo que sair da universidade fosse uma das coisas mais difíceis de sua vida, aquele passo radical de obediência representou uma conversão total em seu caminhar cristão.
O testemunho de Eric teve um grande impacto em meu coração. Eu via que ele era um moço cheio de dons com a capacidade de realizar qualquer coisa que quisesse; e ele estava totalmente rendido a Deus.
-Esta é a “chave de estar totalmente rendido ao Senhor”, eu disse para mim mesma. Eu sabia que era isso que queria para minha vida; mas eu ainda não tinha muita certeza de como fazê-lo. Tinha orado muitas vezes, confessado a Deus, que Ele era o Senhor de minha vida, mas sabia que não estava realmente vivendo naquele nível de um caminhar diário e profundo com Ele. Parecia impossível crescer na intimidade com Ele enquanto minha vida inteira era consumida com um círculo vicioso de amigos, namorados, trabalho de escola e festas.
Como eu poderia escapar dessa armadilha e tornar-me como Eric, nesse nível de não viver para min mesma mas para Deus?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Treasure Hunt


(Desculpa, meu português tá péssimo, tem coisas que eu não consigo encontrar a palavra certa, aí ficam essas frases esquisitas, mas to trabalhando em cima disso. hahahaha)

Hoje foi a nossa primeira "Caça ao Tesouro".

A treasure hunt consiste basicamente em três princípios.
1- Orar
2- Ouvir a voz de Deus
3- IR!

O meu grupo de hoje foi a minha roommate Min, John e Koo, do Call2All DTS.
Após a oração, Koo "recebeu" o nome Bob e o John recebeu o mesmo nome e foi além, ele viu a imagem de um senhor de bigode, no píer.
Fomos andando até o píer e não encontramos ninguém. Olhamos no barco e nada. Decidimos ir até a praia e nada.
Resolvemos voltar para o centro e tentar procurá-lo pelas ruas. Aí o Koo falou "Não, vamos esperar mais cinco minutos."
Assim que sentamos no chão, avistamos um barco chegando.
Fomos até lá, olhamos todos os passageiros e nada. Até que alguém olhou pro capitão e tcharaaam, ele tinha um bigode. Perguntaram pro tripulante se o nome do capitão era Bob e era Bob mesmo!
Quando o John viu Bob, confirmou que era o cara da imagem.
Aí a gente ficou super empolgado e começamos a chamar o senhor pra falar com a gente e tal.
Descobrimos que ele já é cristão e que ele freqüenta a Solid Rock Church. O joelho dele tava machucado e oramos por ele e pelo joelho em três idiomas diferentes (inglês, português e coreano). Eu nem tinha visto que o joelho dele tava machucado e acho que essa foi a razão de Deus ter colocado ele como o cara que deveríamos procurar.

Sei que o propósito da Treasure Hunt, a princípio era de compartilhar Jesus com aqueles que não o conhecem, mas fiquei super empolgada que a gente conseguiu encontrar o nosso "tesouro" e sei que Deus tava preparando esse momento pra gente, pra fortalecer a nossa fé e também a fé do Bob.

Mal posso esperar pra próxima terça-feira e mal posso esperar pra tudo o que Deus tem preparado para mim nesse momento.

Caça ao tesouro é algo simplesmente viciante! haha

sexta-feira, 26 de março de 2010

O chamado - The Calling

Hoje fui na casa da Patrícia, da Maria Clara e da Maria Carolina e lá encontrei a Lilian. Ela falou que eu tenho um chamado muito forte para o trabalho missionário! Isso deixou o meu coração super feliz! Era pra ela ter dito isso há um ano atrás, mas ESSE foi o momento certo. Eu sei que se ela tivesse dito antes, eu teria ignorado e até achado impossível. Agora, tudo mudou.
Preciso aprender a amar.

Today I went to Patricia, Maria Clara and Maria Carolina's house and there I met Lilian. She said that I have a strong calling for missionary work. It made my heart very happy! She would say it one year ago, but TODAY was the right moment. I know that if she had told me before, I would ignore and thought it was impossible. Now, everything changed.
Need to learn to love.

Check the pages: PhotogenX DTS (that will be updated), Trilha Sonora (soundtrack), and Alguém disse... (somebody said...)

Veja o vídeo:
vou tentar postar um vídeo cada vez que postar aqui.
Esse é o meu preferido. É do track program, que em breve vou contar o que é ;)