Mostrando postagens com marcador realidade social. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador realidade social. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Livro: Exposed - Revealing Worth


Nosso livro está prestes a ir pra gráfica!
E esse é o nome do livro.
Vou falar um pouco dos meus sentimentos em relação ao título do livro.
Exposição.
As meninas que trabalham com prostituição são expostas a um estilo de vida que não permite que elas mostrem quem elas verdadeiramente são. Elas não tem liberdade sequer pra falar seus verdadeiros nomes, tudo é mascarado, tudo é uma mentira, uma ilusão. O sexo que elas vendem não vem com amor, é algo banal, que não dura, que não faz com que elas se sintam valorizadas. Elas são NÚMEROS.

Elas expõem seus corpos, mas não podem revelar quem elas realmente são, não podem revelar o valor que elas tem.
Ninguém vê valor nelas.

Eu vejo.
DEUS vê.

-

Tô orgulhosa sim pelo livro, mas só Deus pode mudar a situação da prostituição nas Filipinas.
Se ele quiser usar o livro, é escolha dele, o poder é todo dele.
Não quero trazer glória pra mim mesma, a glória é dEle, quem nos deu a criatividade foi Ele e quem tem poder pra mudar o mundo é Ele.


Feedback
"Porque ela escreve bem, coisas relevantes ao vivo e a cores. Indicando blog de Erika Hayashi e eu amo ler."
(publicado no dia 1 de agosto (provavelmente 31 de julho no Hawaii) no Nadia's Facebook News hahaha - adorei Nadia! Amo vc, sinto saudades! E pintei as unhas de vermelho preguicinha hoje! Acho que todas as vezes que eu fizer as unhas vou lembrar de você!)


IMPORTANTE!!

(Pai, talvez o track comece no Brasil, eu já falei pra Deus que se começar no Brasil eu nem vou orar mais a respeito disso…)
Bom, acho que esse é o meu último post aqui em alguns dias, porque na quarta feira de manhã (terça a noite pra vcs!) estou indo pra Bambang e pra tribos e depois pra zona rural de Tuguegarao onde pra acessar a internet, preciso viajar 20 minutos dentro de um jeepney.
Peço que estejam orando pra que eu tenha arroz pra comer e não cérebro de macaco ou balot.
Prometo voltar em breve com muitas histórias da minha "another big adventure".
To animada! hahaha

sábado, 31 de julho de 2010

Uma noite no parquinho do inimigo.

Ontem a noite fomos fazer bar ministry, viajamos por mais de uma hora dentro do jeepney, pra chegar em uma cidade chamada Angeles City.
Não sei como expressar o que eu vi.
Exatamente como nos filmes. Meninas com o corpo exposto em seus bikinis, barras de ferro - dançando pra tentar atrair algum cliente. Homens, velhos, jovens, asiáticos, americanos - tentando encontrar alguma garota que possa satisfazê-lo, nem que seja por uma noite. Menos que uma noite, a busca lá é por alguns minutos de prazer após uma falsa sensação de conquista.
Falsa sensação de conquista.
Porque as mulheres/meninas ali, não são conquistadas. Elas são objetos, que os homens usam e jogam fora. Qualquer um pode escolhê-las ou descartá-las. Descartável. Amanhã outro turista vai usar ela de novo e ela vai se sentir um lixo de novo.

Sério, nunca vi um lugar tão sujo, nunca vi tanta prostituição num só lugar.
Elas eram NÚMEROS lá! Sério, elas tinham um crachá com números lá.
Tive que ver a cara de horror de uma menina sendo escolhida por um dos clientes. Cara de medo, pânico. Tive que ver ela revelar o verdadeiro rosto dela, não aquele sorridente pra entreter clientes. Foi uma cara de medo, de que tudo que ela queria no momento era um Pai que pudesse protegê-la e não deixar que ninguém encostasse nela. E o pior. Eu não podia impedir.

Uma amiga da minha líder Sharee, a Megan, tava com a gente. Fomos dançar com as meninas, já que esse era o único modo de conversar com elas. Ela disse que via no rosto das meninas um sorriso frio, falso, um sorriso que estampava os rostos delas somente pra tentar enganar alguém. E no momento que a gente foi dançar com elas, só pra se divertir com elas, o sorriso delas mudou, se tornou um sorriso autêntico, de quem tava realmente se divertindo. :)

Meu grupo em geral ficou super abalado com a situação do lugar. Mas eu não.
Parte porque eu achava que era um filme e não era algo real.
Parte porque eu não consigo ver elas como prostitutas, e sim, como mulheres que Deus criou da mesma forma que ele me criou. E eu sei que ele tem um plano maior pra elas. Eu sei que existe esperança.
Mesmo num lugar onde você vê sexo em todo lugar, mas não vê AMOR.

Notícia ruim para meus pais.
Estávamos orando em grupo por cada um de nós. Ai as duas Sarahs tiveram visões relacionadas a minha pessoa e neve. E a Daniella teve uma visão de que eu tava em um lugar desconhecido, impactando vidas em lugares que as pessoas nunca foram.
E isso é tão empolgante!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hakani


Acho que essa é a história que mais tocou meu coração aqui e espero que toque o de vocês também.
Há uns anos atrás, vi um vídeo que se tratava de infanticídio na Amazônia. No mesmo ano, na festa das nações, assinei um baixo-assinado para acabar com essa terrível prática indígena.
Quando cheguei aqui, ouvi que minha líder tinha ido pro Brasil pra fotografar tribos indígenas e também ouvi a história da Hakani.

Em algumas tribos indígenas da Amazônia, o fato da criança ter nascido com alguma deficiência física ou mental, gêmeo ou ilegítimo é válido para tirar sua vida.
Hakani recebeu esse nome devido ao sorrido que sempre tinha estampado no rosto. Com dois anos de vida, Hakani ainda não falava nem andava. A tribo percebeu que havia algo de errado com a pequena índia e começou a pressionar seus pais para que eles lhe tirassem a vida. Eles preferiram suicidar-se no lugar de matar Hakani. Deixaram para trás cinco filhos órfãos, entre eles, Hakani.
Sem os pais, a responsabilidade de matar Hakani passou a ser de seu irmão mais velho. Ele a enterrou viva e o choro desesperado da garota nunca parou. Alguém a ouviu, tirou-a da cova e a levou para seu avô. Ele sabia o que tinha que fazer. Deu uma flechada que em vez de acertar seu coração, acertou seu ombro. Tomado pelo remorso, ele tomou o letal veneno Timbó e tirou sua vida.
Hakani continuava viva e por três anos foi tratada como maldição. Sobreviveu com o que a floresta podia oferecer e seu sorriso contagiante começou a desaparecer.
Não conformado com essa situação, um de seus irmãos a resgatou e entregou a um casal de missionários (Márcia e Suzuki).
Com 5 anos, ela pesava apenas 7 kg e media apenas 69 cm.
Com 6 meses recebendo AMOR, ela aprendeu a falar e a andar. Seu sorriso contagiante voltou a iluminar seu rosto.
Hakani, diferentemente de muitas outras crianças indígenas, sobreviveu ao infanticídio. Ela é um milagre vivo e eu tive o privilégio de conhecer seu sorriso, suas maluquices.
Hoje ela tem 14 anos e mora aqui, no campus onde eu vivo. Por onde ela passa, espalha alegria e sorrisos.
O PhotogenX fez um livro "Uma voz pela vida" para tentar acabar com essa situação. Redigiram uma lei, que foi entregue ao parlamento brasileiro, junto com um livro para cada parlamentar. Provavelmente, a mesma lei que eu assinei. Hoje, há um movimento dentro das tribos para acabar com o infanticídio. :D

Saiba mais: http://photogenx.net/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=118



"Everyday you wait, more kids will be killed."

terça-feira, 27 de abril de 2010

O dia da cura - Herbert de Sousa (Betinho)


http://www.aids.gov.br/betinho/dia_cura.htm
A Aids não mata! A morte é a consequência da imunodeficiência, quando o portador do HIV pega alguma doença.
Após ler essa crônica do Betinho, percebi que os soropositivos são pessoas como nós, e que merecem VIVER. E viver é algo completamente diferente de sobreviver.

"De repente, dei-me conta de que tudo havia mudado porque havia cura. Que a idéia da morte inevitável paralisa. Que a idéia da vida mobiliza... Mesmo que a morte seja inevitável, como sabemos. Acordar, sabendo que se vai viver, faz tudo ter sentido de vida. Acordar pensando que se vai morrer faz tudo perder o sentido. A idéia da morte é a própria morte instalada.
De repente, dei-me conta de que a cura da AIDS existia antes mesmo de existir, e de que seu nome era vida. Foi de repente, como tudo acontece."
*AIDS does not kill! Death is the result of immunodeficiency, when HIV carrier picks up some disease.
After reading this chronic Betinho, I realized that those who are infected are people like us and they deserve to LIVE. To live is something completely different to survive.

"Suddenly, I realized that everything had changed because there is no cure. That the idea of inevitable death hangs. What mobilizes the idea of life ... Even if death is inevitable, as we know. Waking up, knowing that it will live, does everything make sense of life. Waking up thinking that we will die makes everything lose meaning. The idea of death is death itself.
Suddenly, I realized that the cure for AIDS existed even before it existed, and that his name was life. It was suddenly as it happens. "